Alunos do Instituto Federal de Mato Grosso-Campus Pontes e Lacerda – Fronteira Oeste são os únicos finalistas do Estado, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece até esta quinta-feira (15), na Universidade de São Paulo (USP), na capital Paulista. João Vitor Vieira Flauzino, Luana Ribeiro Duarte Soares e Mariana Silva do Bom Despacho, do Ensino Médio Integrado, apresentam a pesquisa Entre o ser, o fazer e o poder: novos olhares da fronteira e suas narrativas históricas, na categoria Ciências Humanas, sub-categoria História. Paralelamente eles também participam da votação popular que vai escolher o melhor projeto (para ver o vídeo do projeto e votar, basta acessar o link: https://febrace.org.br/virtual/2018/HUM/138/ e clicar no botão “curtir”, abaixo de “na Febrace 2018” e logar no Facebook na janela que será aberta).
Na pesquisa, os alunos aglutinaram informações sobre história e geografia da fronteira oeste para desmistificar estereótipos negativos que existem sobre a imagem do ser e do viver da fronteira. “Poder representar nossa cidade, o Campus Pontes e Lacerda, como o IFMT em geral é um orgulho e uma gratidão muito grande. Não foi uma caminhada que fizemos só, tivemos ajuda de orientadores, da escola. Se não houvesse a disponibilização de verba, as passagens, estaríamos enfrentando uma dificuldade muito grande. Assim como na divulgação do nosso vídeo é de uma comoção perceber que as pessoas estão participando. A oportunidade está aqui, é uma troca de saberes. Agregamos e tentamos aproveitar o máximo disso. Vamos ganhar conhecimento e também tentamos transmitir, ainda mais do nosso projeto, a região da Fronteira Oeste, a região fronteiriça. Somos filhos da fronteira. É muito gratificante ver nos rostos das pessoas a surpresa, o espanto, quando apresentamos o trabalho e a vontade de conhecer ainda mais e saber sobre a região. É um incentivo, todos que estão nos acompanhando e torcendo por nós”, disse Luana.
Para os alunos, o principal objetivo do projeto não foi a construção de um pensamento, mas a desconstrução de um pensamento já histórico da fronteira. “Uma imagem de algo como ilícito. É uma imagem que temos hoje e vem sendo há muito tempo pregada, e isso está mudando nosso jeito de pensar. A questão é tentar mudar esse pensamento e apoiar o quanto a fronteira oeste é rica culturalmente e desmistificar essa parte da coisa ilícita, que temos”, disse João. “É muito importante para nossa vida já ter contato com a pesquisa científica no ensino médio, essa troca de experiências e conhecer outros trabalhos, independente do que façamos. Sentimos emoção, gratidão, porque não estamos por nós. O trabalho que fizemos é pela nossa região, representando. Isso é o mais tocante”, acrescentou.
Os alunos receberam orientação da professora mestre Manuela Arruda dos Santos Nunes da Silva e tiveram como coorientador o professor mestre Leonam Lauro da Silva . “Como professora e orientadora me sinto extramente gratificada, na consciência de que o ideal que almejo para educação é isso, o trabalho em rede, coletivo. Esse resultado do projeto surgiu a partir de questões de sala de aula, da nossa realidade, fronteiriços que somos e foi abraçado por muitas pessoas. Os alunos são protagonistas desse processo, mas os resultados têm sentido porque são devolvidos para comunidade. Com o projeto exercemos o que é o tripé do Instituto Federal, o ensino, a pesquisa e a extensão. Além de tudo isso estamos formando estudantes críticos, pesquisadores, para darem continuidade a esses estudos em nível universitário”, afirmou Manuela, ao destacar também a parceria de Leonam e da gestão do IF, “que apoia nossas iniciativas dentro do orçamento e faz o possível para torná-las realidade”.
A Febrace é reconhecida como a maior feira de ciências do Brasil para estudantes do ensino básico e acontece desde 2003. Há premiações para os finalistas, além da possibilidade de participação em feiras internacionais, como a Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel ISEF).
IFMT-Campus Pontes e Lacerda - Fronteira Oeste/ Weverton Corrêa