Aconteceu na última sexta-feira, 31/03, a formatura dos alunos do curso Técnico Subsequente em Agroecologia, ministrado pelo IFMT campus Confresa, por meio do Pronatec a estudantes da comunidade indígena Urubu Branco, do povo Tapirapé.
A cerimônia, realizada na aldeia, contou com presença marcante de servidores do campus, a comunidade indígena juntamente com o cacique Elber, estudantes dos cursos de Licenciaturas, políticos e autoridades de Mato Grosso.
Durante o rito todos os 39 formandos estavam paramentados com pinturas e adereços próprios de sua cultura. O Cacique e o orador da turma fizeram seu discursos e juramentos em língua portuguesa e Apyãwa.
O Reitor José Bispo Barbosa destacou: “essa formatura é algo inédito e bastante emocionante, eu e Willian discutimos uma inserção grande dos povos indígenas em municípios como Juína , Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis que podem chegar a 65% do território com áreas demarcadas, então, vários campi do instituto tem uma comunidade indígena grande, portanto, temos que trabalhar, prestar serviços a esses povos.” O reitor falou ainda do projeto de implantar um campus no Xingu. Ele também elogiou os servidores do campus Confresa que aceitaram o desafio de irem até a aldeia ministrar aulas.
Willian de Paula, reitor eleito do IFMT e idealizador do curso quando foi diretor do Campus Confresa, lembrou em seu discurso a participação de outros colegas no projeto de criação do mesmo, como a Pedagoga Aldemira Ferreira: “é uma demanda que uma instituição do porte da nossa tem de proporcionar inclusive às comunidades tradicionais, esse curso veio dentro das demandas, necessidades e anseios e nos parece que será o primeiro de muitos”, frisou De Paula que ainda relatou os sentimentos da comunidade IFMT: “Para nós esse é um momento de aprendizado, alegria e de mostrar que estamos à disposição, prontos para receber novos desafios com relação aos povos tradicionais.
Gislane Maia, coordenadora do curso, lembrou que ele teve início em 2014 com previsão para durar um ano e oito meses. O curso foi interrompido frente a não liberação de recursos por parte do governo federal, ela agradeceu a equipe executora e as parcerias, como a secretaria municipal de Confresa, realizadas para a conclusão do curso. A coordenadora ainda frisou que dos 19 campi do IFMT, apenas Confresa assumiu o desafio de executar um curso dentro de uma comunidade indígena: “isso para nós é motivo de orgulho e de honra”.