O Fórum Local de Assistência Estudantil, realizado pelo Campus Confresa no último dia 21/09, com o tema: Assistência Estudantil, Diversidades e Inclusão, foi um momento para a comunidade voltar suas atenções às necessidades dos estudantes. “Eles debateram, trocaram experiências e apresentaram propostas e demandas que foram transformadas em um documento coletivo que visa nortear a assistência estudantil”, disse a coordenadora do evento, Laura Nobre, assistente social do Campus Confresa.
A troca de experiências, no entanto, foi o ponto alto do Fórum. O jovem Francisco Costa da Silva, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Campus Santarém trouxe toda sua bagagem sobre assistência estudantil para compartilhar com os estudantes de Confresa.
Ele conta que conheceu a comunidade do Campus Confresa na ocasião da eleição de membros para o Conselho Superior – o Consup, e comentou os objetivos com a vinda para o Fórum: “estou aqui dentro da perspectiva de realizar uma temática bem aberta, bem abrangente e trazendo todas as pautas do movimento estudantil, nossas vivências do que é fazer movimento estudantil na Amazônia. Queremos construir vivência juntos, que nos próximos anos, Confresa possa ter um movimento estudantil bem estruturado, combativo, que traga bastante melhorias para o Campus”, destacou Francisco Costa.
O estudante comentou que seu Campus, Santarém, assim como Confresa também fica distante mais de um mil quilômetros da capital, e que a rede federal apesar de uma só, tem muitas particularidades: “o fórum abre possibilidade da gente questionar o porquê de ser assim e o porquê de estar assim então é ouvir opinião, ouvir o diferente, a indagação, o questionamento. É uma forma de crescermos enquanto estamos dentro do movimento social”.
O jovem também falou de seus anseios para o ambiente estudantil: “Espero que o movimento estudantil possa se unificar, que os nossos centros acadêmicos, grêmio estudantil, o DCE, que é o diretório central dos universitários, verdadeiramente sejam instituídos e que a gente tenha esse caminhar junto a gestão e, quando necessário, a oposição de ideias pra que a gente consiga, com a democracia que a gente tanto sonha, conquistar a paridade de espaços, e assim a sociedade consiga ver esse campus como uma forma de libertação, dando visibilidade ao estudante que muitas vezes vem de famílias pobres dentro do município”.
Jadiel Muniz, estudante de Agronomia comentou a validade das informações compartilhadas por Francisco sobre política de assistência estudantil e elogiou o fórum: “promoveu debates muito importantes em muitas áreas como infraestrutura, segurança e saúde, que são o tipo de questões que normalmente no dia a dia a gente não consegue ter um diálogo com alguém superior na hierarquia. A gente não sabe com quem conversar. Mas, durante o fórum a gente teve esse acesso direto pra falar o que pensa, o que acha que deveria ser melhorado. E dar ideias novas, sobre coisas que achamos interessantes.”
