O servidor do campus Confresa Sebastião Nolasco Júnior, professor de artes, está desenvolvendo um projeto de musicalização em parceria com a Escola Militar Tiradentes. Ele está ensinando uma turma de cinquenta estudantes de diferentes idades no projeto de extensão intitulado Banda de Música do Colégio Estadual Militar Tiradentes de Confresa-MT: Uma Proposta de Musicalização através de Instrumento de Sopro e Percussão.
O projeto conta com três aulas por semana no período noturno, nas dependências da escola Tiradentes. Entre os alunos, cinquenta por cento das vagas foram destinadas aos discentes da Escola e os outros foram selecionados por meio do Centro de Referência e Assistência Social-CRAS junto a famílias em situação de vulnerabilidade social.
O projeto ambicioso foi desenvolvido por meio de um convite feito pelo Coordenador da escola Militar Randalle Silva Hayashi que queria executar um outro projeto de música: o Musicalidade na Escola Militar Tiradentes. Ele explica que o estado de Mato Grosso possui o Programa Interdisciplinar de música na escola - Prinart, e como a escola de Confresa é nova e não tinha condições de o executar sozinha, então ele buscou a parceria com o IFMT. No futuro há a pretensão de que mais um professor se junte a Sebastião por meio do Prinart.
Randalle diz que “o objetivo do projeto é incluir e reduzir as desigualdades sociais, e promover a cultura, por meio da música. ”
Para a banda, trinta e cinco instrumentos foram adquiridos por meio do Conselho de Segurança da Justiça do Trabalho, o CONSEG, que destinou 60 mil reais oriundos de multas trabalhistas.
Sebastião ressaltou: “estou muito feliz em fazer parte dessa ação, pois é uma boa oportunidade para contribuir”. E essa disponibilidade, ele deixou transparecer. Quem o viu suando a camisa, literalmente, numa sala com ar condicionado insuficiente, inadequada para a finalidade de musicalização e uma turma grande de crianças cheias de energia, pode perceber. Apesar da pouca experiência com ensino de crianças, os alunos de Sebastião bastam estar alfabetizados para serem aceitos no projeto.