Um resumo, fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido por uma equipe com quatro estudantes dos cursos de Licenciatura do IFMT campus Confresa, foi selecionado para participar dos eventos em comemoração ao centésimo aniversário da IUPAC, entidade responsável pela padronização de pesos, medidas, nomes e símbolos usados universalmente na Química. O evento acontece na capital da França, Paris, de 5 a 12 de julho.
O estudo “Effect of Gold nanoparticles on nanocatalyst”, EFEITOS DE NANOPARTÍCULAS DE OURO EM NANOCATALISADOR é um dos dois únicos projetos brasileiros selecionados para o 47º Congresso da UIPAC e 50ª Assembleia Geral da IUPAC, conta orgulhosa, Lucineide Sales. A estudante viajou preparada para fazer imagens estendendo a bandeira do IFMT durante o congresso: “faço questão de mostrar a bandeira da minha cidade, estado, país e da minha instituição”, disse.
O projeto é fruto de parte de uma investigação iniciada pelo professor de Química do Campus Confresa, Robes Alves, durante sua pesquisa de Mestrado realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso. Eles conseguiram, com testes laboratoriais, mostrar que nanopartículas de ouro podem permitir que a luz solar atravesse águas turvas pelo rejeito de produtos químicos utilizados na indústria têxtil, permitindo assim que a flora local possa fazer a fotossíntese. “As nanopartículas sendo magnéticas são de fácil absorção, isso pode ser muito útil no tratamento de efluentes”, sintetiza o professor Robes.
As três estudantes pesquisadoras que irão apresentar o projeto, Andrielle Naiara, Danielle Costa e Lucineide Sales, já estão a caminho da capital Francesa. A equipe da pesquisa é formada ainda por outros dois colaboradores da comunidade do Campus Confresa o bacharel em agronomia Pedro Henrique F. Cardoso e a estudante de Licenciatura Glauciene Sodré Fernandes, estes não farão parte da equipe de apresentação.
Para cobrir os custos com a viagem a equipe fez campanha em diversas frentes, como um festival de pizza e aporte financeiro do poder público municipal, além do próprio IFMT. “Para a apresentação é melhor que sejam as três estudantes porque poderão conhecer novos caminhos, trazer contatos para futuras pesquisas”, concluiu Alves.
